Não satisfeito com as suas acções contra a vida do seu rebanho, o Sr. Bispo de Maputo defende que:
- «"Cada um é livre. O dízimo é mais um gesto de contribuição do crente", manifestou, defendendo por outro lado que é "a mais alta expressão do cristão".»
Onde terá ele aprendido tal ensinamento?
Terá sido com os falsificadores de preservativos, conforme insinuou? Com os tais Europeus da Igreja da Idade Média, dominados pelo pensamento religioso do poder do dízimo?
Sabe que o seu povo vive numa imensa miséria?
Sr. Bispo, quanto custa um lugar no céu?
Entendo, agora o seu pensamento, desviar verbas do dízimo para comprar preservativos é, na sua óptica, um pecado! Para além de reduzir a quantidade de santos serviços, pagos, ao reduzir a mortalidade logo, os rendimentos da sua santa casa!
Estarei enganado? Certamente que sim…
João Dias de Carvalho
Moçambique: Igreja Católica introduz dízimo mas os crentes contestam
A Igreja Católica moçambicana introduziu o dízimo, contributo dos crentes para o culto e para o clero, numa decisão contestada pelos fiéis que se dizem obrigados a escrever os nomes, estado civil e idade nos respectivos envelopes.
Segundo a imprensa moçambicana, o sistema de dízimo foi introduzido no ano passado, mas a questão ganhou relevo depois do arcebispo da Diocese de Maputo, Francisco Chimoio, ter ameaçado, em carta, sancionar as paróquias que não adiram ao sistema.
A decisão está a ser severamente censurada pelos fiéis católicos, mas o arcebispo de Maputo sustenta que a prática do "dízimo não pode ser vista do ponto de vista negativo, porque se trata de uma acção voluntária que visa apoiar a sustentação da mais antiga Igreja cristã com mais de dois mil anos".
Francisco Chimoio justificou a necessidade dos fiéis católicos oferecerem a décima parte dos seus rendimentos com o facto dos apoios financeiros à Igreja, vindos maioritariamente das congregações religiosas europeias, estarem a diminuir nos últimos anos. "É um trabalho que visa a sustentação da igreja. Os valores monetários provenientes dos ofertórios nunca foram suficientes e nunca serão. A igreja é de todos, por isso, devemos contribuir para o seu crescimento", justificou, sublinhando, no entanto, "não ser obrigatório dar o dízimo".
Alguns crentes católicos afirmaram, todavia, não entender por que se devem identificar durante a oferta dos valores monetários, considerando-a "uma forma de controlo"."Por que é que no envelope onde são introduzidos os valores monetários somos obrigados a escrever os nomes, estado civil, incluindo a idade?", questionou um crente citado pelo diário electrónico Canal de Moçambique, editado em Maputo. "Parece que a igreja está implicitamente a obrigar-nos a pagar os dízimos", disse. O arcebispo de Maputo considerou que "ele (o dízimo) serve para quem quer".
"Cada um é livre. O dízimo é mais um gesto de contribuição do crente", manifestou, defendendo por outro lado que é "a mais alta expressão do cristão".
Na referida carta enviada aos paroquianos de Maputo, Francisco Chimoio sublinhou a necessidade de "todas as paróquias da sua diocese aderirem com seriedade ao dízimo e explicarem aos crentes sobre a importância de pagarem o dízimo".
A missiva destaca as paróquias que já implementaram a cobrança do dízimo as quais o arcebispo saúda pelo "bom desempenho que lhes leva ao encontro dos desfavorecidos".
"No valor total cobrado aos dizimistas durante um mês, cada paróquia deve descontar 10 por cento e entregar ao arcebispado onde deverá receber um recibo de confirmação", lê-se na mesma carta. "Mas - prossegue - as paróquias que não implementarem o sistema de dízimo, como forma de punição, continuarão a pagar pela deslocação do bispo para dirigir cerimónias nas respectivas paróquias, continuarão a pagar ainda pela emissão das certidões dos seus crentes e todos os serviços prestados pelo arcebispado para as paróquias".´
Nos últimos dias, a Agência Lusa tentou contactar o arcebispo de Maputo, mas o prelado não se manifestou disponível.
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