31 outubro 2005

Manifesto do Sal de Portugal

A apresentação do Manifesto, palavra “reciclada” dos tempos “gloriosos” de 25 de Abril de 1974 por algum actual visionário da imagem dos nossos políticos, do Sal de Portugal não teve direito nem a Centro Cultural de Belém nem a Hotel Altis. Nem sequer a uma emissão em directo através das ondas da rádio e da televisão.

Eventualmente, após longa ponderação por parte dos órgãos de informação nacionais, foi justa esta decisão de considerar inútil, vã e pouco rentável (em minutos de publicidade) a ocorrência deste evento. Afinal, quem sou eu?

Com o sentido de profunda justiça e o leal conceito de serviço público (aos amigos e as cores) é meu dever confirmar que nem sequer fui seleccionado para “defender a pátria na 1ª Companhia” pelo que é justa, reafirmo, a opção dos nossos órgãos de comunicação, por vezes mas raras, social.

Perante esta realidade histórica e sem voz, vim me refugiar neste Blog (que nem sequer é nacional mas é bom).

Refugiado mas não silenciado, exponho o meu Manifesto por Portugal:

- “O Tribunal da Relação de Guimarães deu, esta segunda-feira, provimento ao recurso de Fátima Felgueiras pedindo a anulação dos depoimentos de três arguidos e das escutas telefónicas constantes no processo.Segundo fonte judicial a anulação dos depoimentos e das escutas telefónicas obriga à repetição de toda a fase de instrução do processo, incluindo o debate instrutório.

No entanto, segundo fonte conhecedora do processo, se os três arguidos em causa, os ex-colaboradores da autarca Domingos Bragança, Horácio Costa e Joaquim Freitas, alterarem o depoimento feito na PJ/Braga contra a autarca, grande parte da acusação poderá cair, ou tornar o processo irrelevante em termos de número e gravidade dos crimes.

O recurso defendia que as escutas telefónicas transcritas no processo foram feitas fora do prazo autorizado pelo juiz.”

Fonte: Visão On Line - http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=328279

- “O candidato a Presidente da República Mário Soares afirmou esta terça-feira que se candidata à chefia do Estado, pela terceira vez, para impedir a ascensão da direita «revanchista», que acusou de pretender subverter o actual regime constitucional.”

Fonte: Visão On Line - http://visaoonline.clix.pt/default.asp?SqlPage=Content&CpContentId=328289

- «O meu compromisso é o de colocar o meu saber e a minha experiência ao serviço de Portugal e dos Portugueses e tudo fazer, no estrito respeito pelo equilíbrio de poderes consagrado na Constituição da República, para que, no período de cinco anos do mandato, se verifiquem avanços significativos na realização de ambições que correspondem aos grandes anseios da generalidade dos portugueses», começou por dizer Cavaco Silva.
Depois, leu o seu manifesto eleitoral dividido em oito pontos - uma introdução e sete «ambições». «Reforço da qualidade da nossa democracia» é a primeira ambição, a propósito da qual Cavaco Silva garante não se «poupar a esforços» para que «a seriedade, a honestidade e a transparência imperem na vida política».

Fonte: Visão On Line - http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=328319

Mas não é nada disto o meu Manifesto.

Ele é novo, diferente, diferenciador e inovador e sem os lugares comuns e vazios que enchem a referidas citações. Nada há de novo nesta nossa nação.

Nem sequer, acreditem, foi a Capa do Independente (Macau, quem se lembra de Macau e das Fundações? Onde estão as Melancias!!!).

Fonte: Jornal O Independente - http://www.oindependente.pt/

Este manifesto, sério talvez, foi “parido” por três, apenas pois não sei para mais, motivações:

- O desafio de quem pensa que Portugal é uma Democracia plena nos seus Deveres e Direitos;

- O poeta (morto) que escreveu:

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa

- “Um cada cinco portugueses com qualificações superiores (universitárias ou técnicas) vive fora de Portugal, uma "fuga" que coloca o nosso país no topo do ranking europeu da perda de trabalhadores qualificados. E na desconfortável 21ª posição na "fuga de cérebros" entre as nações do mundo com mais de cinco milhões de habitantes. Uma perda que não consegue ser compensada pela entrada no território de cérebros estrangeiros e tende a piorar com os anos.”

Fonte – JN http://jn.sapo.pt/2005/10/28/sociedade/portugal_deixa_fugir_195_cerebros.html


PORTUGAL, de que fugimos nós?


Manifesto do Sal de Portugal

(Ainda em…) Portugal, 31 de Outubro de 2005.