06 setembro 2007

Tema do dia... Jatos interceptam bombardeiros russos

Quatro aviões de guerra foram enviados pela força aérea britânica na manhã desta quinta-feira para interceptar oito bombardeiros russos de longo alcance. Segundo o Ministério da Defesa britânico, as aeronaves russas não invadiram seu espaço aéreo.
Mais cedo, o Ministério da Defesa russo tinha publicado um comunicado informando que 14 bombardeiros começariam uma operação de patrulha na quarta-feira à noite, sobrevoando o Pacífico, o Atlântico e o Ártico.
Segundo noticiou a rede Sky News, os bombardeiros russos estariam voando em direção ao espaço aéreo da Grã-Bretanha. No caminho, tiveram de fazer uma manobra em U quando os jatos da Força Aérea Real (RAF) se aproximaram. Em agosto, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que retomaria as patrulhas regulares de longo alcance, interrompidas depois do colapso da União Soviética.
É pelo menos a segunda vez nos últimos meses que a Grã-Bretanha envia jatos para interceptar bombardeiros russos. As relações entre Londres e Moscou são consideradas as piores desde o fim da Guerra Fria.
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10 agosto 2007

Tema do dia... Aviões russos repetem manobra da Guerra Fria

Aviões russos retomaram, nesta quarta-feira, uma prática comum da época da Guerra Fria: sobrevoaram território de domínio americano, mais especificamente a base militar da ilha de Guam, no Pacífico.
Os pilotos russos "trocaram sorrisos" com pilotos de caças americanos que partiram em seu encalço, segundo o brigadeiro Pavel Androsov, comandante das operações de longo alcance da Força Aérea russa. Dois bombardeiros Tu-95 passaram pela ilha, situada a cerca de 5.150 km a sudeste da cidade oriental russa de Vladivostok.
O sobrevôo fazia parte de exercícios militares de três dias, nos quais foram lançados oito mísseis de cruzeiro, segundo Androsov. O general disse ainda que os dois aviões voaram por 13 horas desde a sua decolagem de uma base militar na Rússia.

"Sempre foi uma tradição da nossa aviação de longo alcance voar oceano adentro até encontrar pilotos americanos e saudá-los visualmente", disse o militar.
"Ontem revivemos essa tradição, e dois dos nossos jovens tripulantes visitaram a área da base de Guam. Acho que o resultado foi bom. Encontramos nossos colegas - pilotos de caça dos porta-aviões (dos EUA). Trocamos sorrisos e voltamos para casa".
ler em (Veja)
A Rússia procura uma posição mais firme no cenário internacional e tenta projectar o seu poderio militar bem além das suas fronteiras.
Na semana passada, a Marinha anunciou a intenção de retomar a presença naval da era soviética no mar Mediterrâneo.
No mês passado, caças da Real Força Aérea britânica saíram no encalço de bombardeiros russos que se dirigiam ao espaço aéreo britânico. Os militares russos disseram que se tratava de um voo de rotina.

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02 agosto 2007

2º Tema do dia... Rússia coloca bandeira no fundo do oceano Árctico para reclamar o Pólo Norte

Exploradores russos tocaram hoje no fundo do oceano Árctico, mesmo por baixo do Pólo Norte, a uma profundidade de 4261 metros. Bem protegida dentro de uma cápsula de titânio, os exploradores vão deixar lá em baixo uma bandeira russa — como os norte-americanos fizeram quando colocaram o seu pavilhão, o stars & stripes, na Lua.
Esta será uma forma simbólica de reclamar para Moscovo uma grande parte do Pólo Norte, que se pensa ser rica em recursos naturais, como petróleo e gás natural, bem como diamantes, metais e novas zonas pesqueiras, de espécies apreciadas, como o bacalhau.
A Rússia quer marcar assim as suas pretensões à nova corrida ao ouro do Árctico, a todas as riquezas que passarão a ficar disponíveis quando o aquecimento global derreter os gelos do topo norte do mundo — que, dizem os cientistas, podem desaparecer completamente durante o Verão, nos próximos 20 anos.
Para quê esta aventura, que um porta-voz do Presidente Vladimir Putin disse ser "de grande importância" para o czar da nova Rússia? Para ajudar a provar o argumento russo de que a plataforma continental siberiana se estende até mais 2000 quilómetros da linha da costa, ao longo da dorsal Lomonosov, uma cadeia montanhosa submarina que se estende até à Gronelândia.
No total, Moscovo reclama um triângulo de cerca de 1,2 milhões de quilómetros quadrados, diz a agência noticiosa russa Ria Novosti. Já em 2001 a Rússia reclamou este território, mas a Comissão para os Limites das Plataformas Continentais (um organismo das Nações Unidas) considerou que as suas pretensões não estavam fundamentadas.Mas a Rússia não desistiu: em 2009, vai voltar a apresentar as suas pretensões. E, até agora, vai à frente na corrida das cinco nações que rodeiam o Círculo Polar Árctico para reclamar as riquezas que se escondem sob os gelos.
Público (ler toda a noticia)

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15 julho 2007

Tema do dia...

Putin inaugura "Paz Fria" a oito meses de deixar o Kremlin
"Ignacio Ortega Moscou, 15 jul (EFE) - A decisão da Rússia de se retirar do tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa (FACE) acendeu todas as luzes de alarme sobre uma possível reedição da Guerra Fria, o confronto político-militar que marcou a segunda metade do século XX, mas agora com um outro nome: "Paz Fria".
O presidente russo, Vladimir Putin, inaugurou no sábado esta nova fase nas relações entre a Rússia e os países ocidentais ao assinar um decreto que suspendia a aplicação do FACE, considerado a pedra angular da estabilidade do continente europeu.
Putin deu um prazo de 150 dias à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para cumprir o disposto no acordo, assinado entre a entidade multilateral e o Pacto de Varsóvia às vésperas da desintegração da União Soviética (URSS), em 1990, assim como sua versão adaptada (1999).
O Kremlin acusa os novos membros da Otan, os países bálticos e algumas nações centro-européias de descumprir o tratado, ameaçando a segurança russa.Com a decisão, que havia sido antecipada no discurso do Estado da Nação, em abril deste ano, o chefe do Kremlin tenta mostrar ao Ocidente que a Rússia de 2007 não pretende fazer mais concessões em matéria de segurança e política externa em troca de dinheiro, como ocorria na era Yeltsin (1990-2000).
Putin repete incessantemente que a Rússia não é mais a URSS, mas reconhece que o colapso do bloco soviético foi uma das maiores catástrofes do século XX.Ao contrário da Guerra Fria, período no qual o antagonismo era protagonizado por dois blocos militares e o confronto ideológico se estendeu para todo o planeta, na "Paz Fria" as dimensões geográficas do conflito são mais limitadas e têm uma aparência puramente pragmática.
O presidente russo já anunciou que o país não participará de nenhuma corrida armamentista e que suas respostas serão diferentes, pois não quer cometer o mesmo erro que a URSS: o desperdício de dinheiro que levou ao colapso da economia e, em seguida, ao do regime.
Putin quer passar para a história como o líder que devolveu o orgulho aos russos e os conduziu a uma época de prosperidade após décadas de escuridão.Dessa forma, Moscou não ficará de braços cruzados enquanto Washington instala componentes de seu sistema de Defesa Nacional contra Mísseis na Polônia e na República Tcheca, e bases militares na Romênia e Bulgária, todos antigos membros do Pacto de Varsóvia.
A Rússia quer recuperar sua influência no mundo e acredita que alguns dos acordos de desarmamento assinados no final da década de 80 e no início dos anos 90 são uma camisa de força que obstrui sua política externa e de segurança.
Um exemplo claro é a atitude da Rússia em relação ao Irã, onde engenheiros russos constroem a primeira usina nuclear da república islâmica, bem como com Belarus, cujo território é fundamental para o trânsito dos hidrocarbonetos com destino ao Ocidente.A Rússia de Putin não tem a intenção de aceitar de modo submisso a política americana e recorrerá ao seu direito de veto no seio do Conselho de Segurança da ONU quando achar oportuno, como ocorre no caso do Kosovo.
O petróleo e o gás, e não as armas nucleares, são os novos instrumentos de persuasão usados pelo Kremlin, que vê na energia a forma de tirar a população russa do atraso no qual se encontra e estender seus tentáculos sobre a Europa e a Ásia.
Em matéria de armamento, a Rússia já ultrapassou os Estados Unidos na venda de armas para os países em desenvolvimento, graças aos contratos assinados com nações mal-vistas por Washington, como Irã, Venezuela e Síria, e potências emergentes, como China e Índia.
Os países ocidentais não conseguiram compreender as intenções de Putin até o famoso discurso de Munique em fevereiro, no qual o chefe do Kremlin acusou Washington de implantar um mundo unipolar e realizar ações unilaterais às margens da lei internacional.
A mensagem é clara: Putin quer deixar tudo "atado e bem amarrado", a oito meses de deixar o Kremlin, após as eleições presidenciais de março de 2008, traçando o caminho que seu sucessor deverá seguir.Além disso, o fato de o vice-primeiro-ministro, Serguei Ivanov, considerado um falcão e colega de Putin no antigo KGB, ser apontado como o mais provável futuro ocupante do Kremlin também reflete o caminho que a Rússia seguirá nos próximos anos.
Os EUA, a Otan, a União Européia (UE) e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) manifestaram sua "decepção" e "preocupação" com a retirada da Rússia do FACE, enquanto os países vizinhos (Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão e os bálticos) temem um endurecimento da política do Kremlin."

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