18 outubro 2007

Tema do dia... CGA recusa reforma a professora com cancro na língua

Em declarações à Lusa, Conceição Marques, professora do primeiro ciclo na escola básica da Regedoura, em Ovar, explicou que em 2003 foi-lhe diagnosticado um cancro na língua, tendo sido submetida em Abril do mesmo ano a uma cirurgia para retirar uma parte substancial daquele órgão, o que a deixou com grande dificuldade em falar.
Na altura, foi-lhe dada uma baixa médica de 36 meses e, no final desse período, a Direcção Regional de Educação do Centro indicou-lhe que deveria pedir a aposentação por invalidez, um processo que se arrasta desde Novembro de 2005.
«Tenho muitas dores e uma grande dificuldade em falar, sobretudo depois de algumas horas a dar aulas. Às vezes, durante as aulas, fico com lesões na língua, que começa a sangrar, e tenho de pedir a alguma colega ou funcionária da escola para ficar com as crianças», contou a docente.
Em Agosto do ano passado, Conceição, que lecciona há 29 anos, foi chamada à primeira junta médica, que a declarou permanentemente incapaz para o exercício das funções, tendo-lhe sido atribuída a aposentação por invalidez.
No entanto, essa decisão acabou por ser anulada pela própria CGA, que alegou que tinha havido um erro no preenchimento dos relatórios por parte da junta médica.

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