16 outubro 2007

Curtas...

Banco de Portugal e comissão de valores investigam “perdões” de dívidas do BCP, Público de 16-10-2007

Instituição desvalorizou-se 210 milhões de euros e luta pela sucessão poderá reacender-se. Os alegados “perdões” de dívidas do BCP a uma empresa do filho de Jardim Gonçalves, um dos fundadores do banco, e de juros a um dos accionistas vão ser alvo de uma investigação do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O organismo dirigido por Vítor Constâncio pretende apurar se houve violação das regras bancárias, enquanto a CMVM irá investigar um eventual favorecimento de um accionista. Caso sejam apuradas responsabilidades, os dois organismos poderão avançar com processos de contra-ordenação. O conselho de administração do BCP ordenou ontem uma averiguação interna, com a promessa de comunicar os resultados durante o dia de os actuais desafios económicos e sociais do país.

Gestores do BCP em risco de perder cargos, Jornal Negócios de 16-10-2007

Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal e Alípio Dias podem vir a ser inibidos de integrar os órgãos sociais se o Banco de Portugal concluir pela ilegalidade dos créditos concedidos ao filho do fundador do BCP. A deterioração da situação no banco está a preocupar os grandes accionistas. Segundo estes, a idoneidade dos gestores já está em causa e é preciso avançar para mudanças imediatas nos órgãos sociais. O banco, em resposta, avançou com um inquérito interno. Esta crise fez ontem as acções do BCP caírem em cerca de 2%, tendo fechado nos 3,15 euros.

Administradores do BCP defendem saída de Jardim, Diário Notícias de 16-10-2007

A dívida alegadamente perdoada a um filho de Jardim Gonçalves no valor de 12 milhões de euros está a criar um grande desconforto no seio da administração do BCP. "O desejável seria a saída de Jardim Gonçalves pelo seu próprio pé", defendem administradores contactados pelo DN, já que a sua destituição de presidente do conselho geral e de supervisão só poderá ser pedida em assembleia geral de accionistas. O Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários já pediram esclarecimentos ao BCP não só sobre o alegado perdão a Filipe Jardim Gonçalves, bem como o potencial favorecimento a Goes Ferreira. O banco irá também hoje revelar as conclusões da investigação interna sobre os dois casos. Alguns accionistas esperam pelo resultado das averiguações para decidirem se vão para tribunal.

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