09 fevereiro 2006

OPA sobre a Portugal Telecom...

PT morreu, viva a nova PT
A Portugal Telecom e os seus accionistas de referência não podem queixar-se. Nem de nada, nem de ninguém. A empresa está no papel de presa e não de predador por sua exclusiva responsabilidade. A empresa foi vítima das suas contradições. A gestão da empresa foi refém dos seus accionistas. E os accionistas os pais do equívoco geral.
Sem visão coerente para a expansão internacional, lá foi alimentando a aliança contra-natura com a Telefonica. Logo no mercado onde mais investiu: o Brasil. A face visível deste resultado trágico era a administração da Vivo, que em vez de um desafio para qualquer executivo, tornou-se o depósito de administradores em desgraça.
BNP Paribas sobe preço-alvo para PT e considera que accionistas podem conseguir uma proposta melhor
O Exane BNP Paribas reviu em alta o preço-alvo para as acções da Portugal Telecom, reiterando a recomendação de «manter». A casa de investimento diz que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonae sobre a Portugal Telecom (PT) tem «obstáculos regulatórios» para a sua concretização, nomeadamente na área móvel, acrescentando que os accionistas podem conseguir uma proposta mais elevada.
BPI recomenda accionistas da PTM a não aceitarem a OPA
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonae sobre a PT Multimédia a 9,03 euros por acção é vista pelo analista do Banco BPI como uma mera «formalidade» e recomenda aos accionistas a «não aceitarem a oferta» a «este preço».
Fusão Optimus e TMN determinante para OPA avançar
Os analistas questionaram a Sonae, na «conference call» com analistas, se a Autoridade da Concorrência (AC) chumbar a junção da Optimus e da TMN, se a oferta pública de aquisição (OPA) avançaria na mesma.
Os analistas questionaram a Sonae, na «conference call» com analistas, se a Autoridade da Concorrência (AC) chumbar a junção da Optimus e da TMN, se a oferta pública de aquisição (OPA) avançaria na mesma.
A empresa diz que esta «seria uma limitação aos pressupostos da OPA, já que a sinergia [da fusão entre a Optimus e TMN ] é um dos principais suportes para financiar o prémio de 2 mil milhões de euros que estamos a pagar» para comprar a PT.
A empresa diz que vai ter de esperar pela decisão da AC e acrescenta que «esta é uma parte significante do valor» do prémio oferecido.
A TMN é maior operadora móvel portuguesa, controlando mais de metade do mercado. A Optimus é a terceira. «No mercado móvel, a Sonaecom subirá a quota de mercado para 63%, num segmento em que há uma empresa de grande dimensão com uma quota de 37%, em crescimento e que faz parte do maior operador europeu», afirmou ontem Paulo Azevedo.
Jornal de Negócios