Os heróis do 25 de Abril…
Portugal nunca considerou independência de Timor-Leste
Mari Alkatiri, que comentava a divulgação pública de documentos secretos divulgados hoje em Washington, recordou um encontro que manteve no início da década de 80, num jantar em casa do já falecido general Vasco Gonçalves, primeiro-ministro português à data da invasão de Timor-Leste pela Indonésia.
"Portugal vivia em 1975 uma profunda crise política e num jantar em casa do falecido general Vasco Gonçalves, para que fui convidado pelo contra-almirante Rosa Coutinho, foi-me confirmado que na altura o poder (português saído da Revolução) achava que a lógica seria a integração (de Timor-Leste) na Indonésia", salientou.
"Ele disse-me que, em Portugal, na altura, se considerava que tudo devia ser feito para facilitar essa integração", acrescentou.
Os documentos hoje divulgados em Washington sublinham que em Março de 1975 Portugal já tinha informado os Estados Unidos não ser sua intenção resistir a uma possível invasão de Timor-Leste pela Indonésia.
General Vasco Gonçalves, primeiro-ministro na altura «achava que a lógica seria a integração na Indonésia», revela Mari Alkatiri
O poder saído da Revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal nunca considerou a possibilidade de Timor- Leste ascender à independência, disse hoje o primeiro-ministro timorense à agência Lusa.
O poder saído da Revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal nunca considerou a possibilidade de Timor- Leste ascender à independência, disse hoje o primeiro-ministro timorense à agência Lusa.
Mari Alkatiri, que comentava a divulgação pública de documentos secretos divulgados hoje em Washington, recordou um encontro que manteve no início da década de 80, num jantar em casa do já falecido general Vasco Gonçalves, primeiro-ministro português à data da invasão de Timor-Leste pela Indonésia.
"Portugal vivia em 1975 uma profunda crise política e num jantar em casa do falecido general Vasco Gonçalves, para que fui convidado pelo contra-almirante Rosa Coutinho, foi-me confirmado que na altura o poder (português saído da Revolução) achava que a lógica seria a integração (de Timor-Leste) na Indonésia", salientou.
"Ele disse-me que, em Portugal, na altura, se considerava que tudo devia ser feito para facilitar essa integração", acrescentou.
"O general Vasco Gonçalves também dizia que os militares portugueses não tinham ilusão nenhuma sobre a FRETILIN, acabada de nascer e sem apoio popular. O apoio popular seria o de manter Timor ligado a Portugal e por isso mesmo não havia razão, no período pós-descolonização, para manter uma colónia, para mais longínqua", recordou.
Os documentos hoje divulgados em Washington sublinham que em Março de 1975 Portugal já tinha informado os Estados Unidos não ser sua intenção resistir a uma possível invasão de Timor-Leste pela Indonésia.
2005/11/29 12:37
Portugal Diário
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