30 novembro 2005

Fernando Pessoa - O Poeta

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre pela na metade.
Querendo, quero o infinito
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço

Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.

Fernando Pessoa

250 inéditos de Pessoa nos 70 anos da morte do poeta

Três volumes com a obra completa de Fernando Pessoa, nas livrarias a partir de Dezembro, vão trazer a público 250 inéditos do poeta. Pessoa morreu faz hoje 70 anos e a sua obra passa a ser do domínio público, perdendo direitos de publicação.
Diário Notícias de 30-11-2005